ANA PAULA SOUSA
DE SÃO PAULO
DE SÃO PAULO
O Belas Artes, um dos mais antigos cinemas de São Paulo, se prepara para as últimas sessões. No dia 30 de dezembro, uma notificação judicial avisou: o imóvel, na esquina da avenida Paulista com a rua da Consolação, tem de ser entregue até fevereiro.
A tradição cinéfila do espaço firmou-se na década de 70. O cinema pertencia ao grupo francês Gaumont que, além de exibidor e distribuidor, era produtor de cineastas autorais, como Fellini e Antonioni.
Na década de 80, foram muitos os cineastas brasileiros a escolher o Belas Artes como tela preferencial para suas estreias e foram muitos os espectadores a formar filas na Paulista, para conseguir um lugar nas sessões de "Daunbailó", de Jim Jarmusch, e "Terra dos Bravos", de Laurie Anderson.
Para evitar que toda essa memória se esvaia do dia para a noite, Sturm fará, a partir do dia 14, duas retrospectivas. Uma trará clássicos do cinema. Outra, clássicos do Belas Artes. E não é só: "Meu compromisso é abrir outro cinema do mesmo tipo. Já tenho lugares em vista."
Fonte: Folha de São Paulo
Infelizmente São Paulo vai perder um ponto especial para o cinema. Os verdadeiros amantes do cinema estão cansados de salas como as da Cinemark, onde impera o cinema comercial, americano. O Cine Belas artes era um espaço alternativo, do bom cinema de arte e especialmente para o cinema Europeu .Bem, que algum empresário ou mesmo o poder público pudesse interferir , e mudar os rumos dessa situação. O diretor do Cine Belas artes pode até ter um novo ponto, mas o Belas artes entre a Consolação e a Paulista era tradiciponal , as pessoas no Brasil simplesmente ignoram um patrimônio cultural como o Cinema Belas artes, lamentável.
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